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Vilarejos


A cidade é pequena e existem diversas opções de hotéis e guest houses. Se você não tiver feito reserva ou tiver ido por conta própria, não terá dificuldade em encontrar um local para se hospedar. A oferta é grande e os preços são baratos. Acham-se hotéis com diárias a US$ 8.

Há muitos mercadinhos, bancos, cafés e restaurantes no centrinho, além da praça principal e uma igrejinha. Na praça, ocorre uma feira que é o ponto de encontro das mulheres vietnamitas e um excelente ponto de referência para os turistas.

Nesse primeiro dia, começamos pelo vilarejo mais turístico: o Cat Cat, que fica a 3 km de Sa Pa. É tão popular que tem até o Cat Cat Tourism Area. Ali vivem os H’mong, etnia minoritária da Ásia sul-oriental.

Pode-se ir caminhando ou de motocicleta, como nós fomos. Há uma guarita na entrada. Ingresso: 40.000 VND – US$ 2 (para adultos) e 15.000 VND – US$ 0,75 (para crianças).

A estrada de chão batido é bem estreita e tem muitos buracos, tanto que às vezes tive que descer da scooter enquanto o Ricardo passava devagar para mais na frente eu montar na garupa novamente. As crianças andam soltas, às vezes descalças, e brincam como crianças mesmo. O local é um pouco sujo e enlameado. Umas ficam intimidadas com a câmera fotográfica, outras até posam e olham com curiosidade.
No vilarejo muitas casinhas típicas feitas de barro e palha ou telha, roupas no varal (na maioria, vestes azuis escuras), porcos, búfalos e, atrás das casas, as plantações de arroz que todos querem fotografar. Além disso, claro, há as vietnamitas em seus trajes típicos e adereços no cabelo, pulseiras, colares, grandes brincos e largos sorrisos no rosto.

Os adereços no cabelo variam, são presilhas, grampos, pentes, panos, tocas. São extremamente longos, até a cintura, mas sempre amarrados no alto da cabeça. De crianças a idosas, todas vendem seus artefatos e insistem bastante. E, num inglês precário, abordam você com perguntas do tipo: “What's your name"? "Where are you from?" "How old are you?" “Do you have children”? “Are you married?”.  IMPORTANTE: é tradição elas encostarem no seu dedo, afirmando ser um juramento de que você comprará algo delas depois e perguntarem o hotel em que você está. Claro que não há como elas memorizarem todas as fisionomias e muito menos os turistas as delas. Todas se vestem praticamente do mesmo jeito e os rostos são parecidos. Mas é um jogo de esperteza. Sempre haverá algumas meninas ou mulheres na porta do hotel dizendo que você prometeu comprar e você não saberá se é verdade, pois são inúmeras mesmo, espalhadas por toda parte. Se não for comprar, afinal não dá para sair gastando todo o dinheiro com artesanato, seja simpático dizendo que não jurou para ela e que cumpriu o prometido, comprando de outra pessoa.
Já afirmei que as mulheres vietnamitas trabalham muito e, em Sa Pa, mais ainda. Além de trabalharem em feiras vendendo o que plantam ou os artesanatos que confeccionam, cozinham, lavam roupas, costuram, ajudam no plantio, constroem casas e, sem dúvida, cuidam dos filhos. Os menores, geralmente, são carregados às costas e as acompanham em quase tudo.

No caminho pelo vilarejo, tiramos muitas fotos. A maioria não se importa, mas é bom perguntar antes porque algumas podem se zangar.

O tempo estava um pouco frio na época em que estivemos lá. Entre 10h e 14h, o dia ficava mais claro, com raios de sol. Depois esfriava e até caía uma garoa fina. De manhã cedo e à noite, a temperatura diminui bastante. Para ver aqueles arrozais verdes, o melhor mesmo é ir durante os meses de abril e maio.

Mesmo assim, o cenário é belo. Montanhas ao fundo e arrozais. No meio deles, fotografamos alguns homens e mulheres trabalhando e casinhas ao longe.

Depois de Cat Cat, seguimos um pouco mais adiante para fotografar mais arrozais. É onde fica Sin Chai Village, mas as casinhas vão ficando bem escassas e a estrada piora. Então, decidimos regressar para almoçar no hotel (incluído no preço do pacote). Entrada: 40.000 VND ou US$ 2.

À tarde, o tempo fechou. Tentamos ir na direção oposta a Cat Cat para ver outros vilarejos, mas a neblina nos impediu. Chegamos até a pagar a entrada (30.000 VND ou US$ 1,50) para Lao Chai (6 km do centro), porém foi mesmo impossível prosseguir. Ali, vivem famílias negras H’mong.

Voltamos, então, à cidade, passando pela rua principal repleta de restaurantes e escolhemos um café.

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