Para chegar lá, a viagem inclui trem, ônibus e Van,
mas vale a pena. Todo o percurso, mais hotel com 3 refeições diárias e ainda 2
tours pela cidade, é tão barato que
é difícil de acreditar: 250.000 VND ou US$ 12.
De Hanói para Lao Cai chega-se de trem. São 9 horas
de viagem: saímos às 21h da estação do dia 14 de novembro e chegamos às 6h do
dia seguinte. De lá, alguém da agência de turismo na qual tínhamos adquirido a
passagem já nos aguardava. Fomos levados até um ônibus. Mas demoramos bastante
para sair, tanto que alguns turistas começaram a reclamar. Enquanto não
saíamos, fiquei usando a internet no café em frente. A cidade é bem pequena,
mas qualquer lugar tem Wi-Fi.
Enfim, partimos para Bac Há, percorrendo uma
distância de 65 km em 1h30. De lá, pegamos uma van rumo a Sa Pa, em mais uma
hora de viagem. A região é bem montanhosa e a estrada, sinuosa, repleta de
precipícios e neblina.
No trem,
há cabines para casal, para 4 pessoas (Soft Sleeper) ou 6 pessoas. Se viajar na
que cabem 4 ou 6 pessoas (neste último caso, são 3 camas de cada lado), opte
pela cama de baixo, por ser mais confortável. No terceiro andar, é muito
apertado; mal é possível se mexer e ficar sentado.
Bac Ha é uma cidade com 37 mil habitantes, localizada
nas montanhas ao norte do Vietnã (quase fronteira com a China) e vizinha a
vários vilarejos onde vivem etnias minoritárias (como os H'mong, os Dao e os
Zai, entre outros). Todos cultivam o arroz na água, em terraços de níveis
diferentes de maneira milenar, parecido com o sistema dos Incas no Peru.
As curvas de
nível dos arrozais esculpidas nas montanhas e a montanha Fansipan, a mais alta do sudeste da Ásia, com 3.143 metros,
são algumas das belezas procuradas pelos viajantes.
Para poder ser cultivado com sucesso, o arroz necessita de água em abundância,
para manter a temperatura ambiente dentro de intervalos adequados, e, nos
sistemas tradicionais, de mão-de-obra intensiva.
Desenvolve-se bem mesmo em terrenos muito
inclinados e é costume, nos países do sudeste asiático, encontrarem-se socalcos
(técnica de cultivo que cria plataformas cortadas nos morros, de espaço a
espaço, para que formem degraus) onde é cultivado. Em qualquer dos casos, a
água mantém-se em constante movimento, embora circule à velocidade muito
reduzida.
No Vietnã,
o cereal está tão integrado à alma dos
camponeses que muitos fazem questão de serem sepultados nos arrozais.
Durante os enterros, há farta distribuição de arroz, com muita festa, cantos e
danças.
Mas a sua maior atração mesmo está nas culturas
étnicas. Ali, o mundo parece ter outro ritmo.
E para conhecer o melhor é visitar os vilarejos.
Tente selecionar uns 2 ou 3 e organize seu tempo.
A Van nos deixou no Sapa Summit Hotel (sapasummit@gmail.com). Um ótimo hotel com
quartos amplos, TV, frigobar e aquecedor (diretamente ligado à cama), café da
manhã, almoço e jantar (sopa), incluídos no pacote, e wi-fi. Os quartos são
amplos, assim como a área para refeições.
Para os passeios, quando chove muito e tem muita lama, o hotel oferece
botas. Como era muito cedo, tivemos que deixar as bagagens na recepção. O
quarto estaria disponível às 12h.
Em frente, alugamos
uma scooter (5 dólares por dia; mais no centro consegue-se por 4 dólares).
O pacote pago em Hanói incluía um passeio já nesse primeiro dia, mas com a motocicleta
teríamos mais flexibilidade quanto ao que queríamos fazer e quanto a horários.
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